25 de dez. de 2015

Nascimento de Jesus

Maria, doce menina
Nasceu com a missão
De trazer a todo mundo
A paz, a salvação

Uma estrela se fez mais forte
Anunciando o meigo Messias
E a Terra toda tremeu
Pois um novo marco inicia

Na manjedoura em Belém
Um quadro jamais se esqueceu
A sagrada família reunida
Rendendo graças ao primogênito de Deus

Dando a todos o exemplo
Nasceu Jesus na pobreza
Mostrando que a humildade
É a maior riqueza

Teve Jesus sua infância
Por José acompanhada
Ensinando a humanidade
Que a vida, sem trabalho não é nada

Assim o menino Jesus
Foi crescendo e se fez homem
E transforma pescadores
Em pescadores de homens

Muito tempo se passou
Desde os seus ensinamentos
Mas o mundo conserva até hoje
A força do pensamento

O amor em toda parte
Seus seguidores foram pregando
E chega aos dias de hoje
Quando o Natal comemoramos.

Meg

20 de jul. de 2015

Olhar secreto














Como um raio fulminante
Um olhar secreto invade
Com a força de um amante
Que retorna com saudade

Assim o seu olhar
Secreto na multidão
Encontrou-me distraída
E quase já de partida
Estendeu-me sua mão

Fiquei ali encantada
Na magia do olhar
Que me prendia ao solo
Sem conseguir dizer nada
Só desejava te amar.

Meg
20/07/2015

6 de jul. de 2015

Por que?

Ah! essa vontade de você
Esse desejo de te ver
Por que ?
Dentre tantos que vejo
Só vejo você
Por que ?
E seu descaso
que me faz sofrer
Por que ?
Será isso...amor?
O amor está em tudo
Por que você?              
Que imã é esse que atrai
e não me deixa viver?
Quanto mais me afasto
mais me aproximo
Por que ?....

Meg
06/07/15                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                

29 de jun. de 2015

Resto

Num resto de tarde
Fio de calçada
Pensa na longa jornada.
No silêncio a dor
a saudade
da terra amada.
Encolhe-se
Enrola-se num resto de trapo...
A fome latente
Disfarça, sorri
do triste destino
que lhe trouxe ali.
Resto de gente
Sem eira nem beira
Perdeu-se no tempo
Num resto de tarde.

Meg
29/06/15

25 de abr. de 2015

Tempo

Inexorável tempo que estrutura, que desestrutura, que faz o que bem quer.
No espaço em que me encontro, pergunto...
Que tempo é esse, que tritura meus ossos, que esmaga meu ser, que aniquila
minhas ilusões.
No tempo perdeu-se minha mocidade, meus sonhos de menina-moça.
No tempo ficou meus ideais, meus projetos que não pude realizar.
O tempo gastou minha vida sem que eu percebesse; e agora o que mais
desejo senão que o tempo me engula, me traga num só gole e que em
outro tempo eu seja feliz.

Meg
24/04/2015
07:15h

8 de abr. de 2015

Caminhada árida

Nesta caminhada áspera em que me vejo, onde só desamor e
desolação floresce, recrudesce minha alma que almeja, que
deseja que a alegria e o amor viceje no ânimo de todos.
Caminho árido, sofrimento e dor.
Por onde passo não vejo cores, só dissabores. As plantas
secaram, os pássaros calaram, a natureza entristeceu.
Caminhada árida, pedra, terra, poeira e solidão.
Caminhada árida, só vejo pobreza e podridão.

Meg
07:13h,

16 de jan. de 2015

Consciência (retrato de passado escabroso)

Se pudesse escolheria;
A relva verde
O sol ardente.

Escolhas não permitidas
Por horror de um desvão
Almas exangue falecem
Prometem vingança então

Outrora em calabouço
Regozijando dor alheia
Alma fria, sem pudor
Ciumenta, ouço ainda
Perversa, tramando a teia

Escuridão, água suja, lama
Lavrado em pleno chão
No subsolo a vida
Viviam sem um clarão.

Mil anos, talvez mais
São precisos para ver
Que o amor é sentimento
O único para crescer

Encontros e desencontros
Uma busca sem farol
Sem afeto e sem guarida
Sente frio com tanto sol

Escorregando na lama
De passado tenebroso
Deseja ficar de pé
O ambiente é asqueroso

Não tendo onde se esconder
De tão desastrosas tramas
Enterra o corpo vazio
Todo coberto de chamas
Ardendo por um amor
E em vão por ele clama

Nesta vida tão incerta
Que a todo instante insinua
Fim de lágrimas e amargura
De uma consciência nua
Em busca de amor e paz
Que só o perdão é quem traz
A vida continua.

Meg
16/01/2015

25 de dez. de 2014

Anestesia

A anestesia
percorria
seu sangue
seu corpo
e a dor profunda
que existia
jamais sentiria.
Lembra-se
daquele dia
quando em agonia
uma cirurgia
curou-lhe a dor.
Pede agora
implora ao Criador...
anestesia minha alma Senhor
que doe
que sofre
que morre...
de amor.

Meg
25/12/14

19 de out. de 2014

Carona lll

Brisa suave!... canto doce de um canarinho.
Fui despertando de mansinho, sentia-me muito bem; era o despertar de uma boa
noite de sono. O canto do pássaro foi adentrando fazendo parte de mim e uma
paz gostosa invadiu-me o ser; nunca me sentira tão bem. A avezinha permanecia ali
com seu canto sonoro, tive vontade de acariciá-la, agradecer sua companhia que não
deixava margem para o sentimento de estar só, eu já não estava só; na plataforma em
que me encontrava um passarinho cantava para mim, a brisa suave beijava meu rosto
e, senti uma alegria sem par.
Lentamente para não afugentar o canário, fui ficando em pé e senti que poderia caminhar,
dei alguns passos e uma sensação estranha apoderou-se, e, relembrei com saudade das
palavras que um dia deram-me carona, senti o verbo no qual escorreguei , recordei a
alínea que transportou-me para um mundo novo onde conheci o amor. Esta recordação
alterou minha pulsação e senti-me novamente sangrando...o fragmento....sim....havia
em meu peito um estilhaço de uma pedra cravado, eu tinha certeza que havia.
Olhei-me, apalpei-me....nada!... eu não sangrava e nenhum fragmento me feria. O
que teria acontecido? não saberia explicar. Lembro-me estar numa plataforma vazia
a espera de nova carona que me levasse a hospital; agora o cenário era outro, estava
entre flores viçosas, banhadas pela brisa suave e aquele canarinho....quanto mais
o admirava, mais ele cantava e seu canto transportava-me para uma outra dimensão
onde pude ver cicatrizadas todas as feridas; e ali...somente ali... eu pude ser feliz.

Meg
18/10/14

17 de out. de 2014

Amargo despertar

O negro da noite
estende
expande
cruel
nefando
por mais se queira
ver clarear.
Amargo inferno
nas trevas frias
esta agonia
que quer matar.
Escuridão
de longa noite
que açoita
faz gritar.
E o despertar
sombrio
triste
desses que existe
se não existe
alguém para amar.

Meg
17/10/14

3 de out. de 2014

Amo-te

Amo-te!...
 em meio às tempestades que insistem me derrubar.
Amo-te!...
 nas enxurradas dos sonhos que querem me afogar.
Amo-te!...
com seus erros e acertos, no sucesso ou fracasso, com
seus casos e descaso.
Amo-te!...
no silêncio que invade e não me permite gritar.
Amo-te!...
na simplicidade de minha alma, só ela me acalma ao te dizer:
Amo-te.

Meg
03/10/14

22 de set. de 2014

Canto o amor

Canto o amor em qualquer tempo,
 se há sol ou se faz vento
Canto o amor na madrugada,
 nas noites frias ou enluaradas
Canto o amor na primavera,
 no inverno ou no verão
Canto o amor em pleno outono,
que desfolha minha ilusão
Canto o amor em dias tristes,
na alegria ou aflição
Canto amor todos os dias,
com ele vou vivendo,
repartindo emoções.

Meg
22/09/14

10 de ago. de 2014

Trilho










Há luz
No trilho
Que trilho
O sol ardente
Reflete e brilha
E a lua fria
Silenciosa copia
O brilho de um olhar
Há brilho
No trilho
Que trilho
Pés descalços
E um doce recordar
Momentos idos
Que ao longe se perde
No trilho
Que trilho
Seguindo seu brilho
Sem saber quando chegar.

Meg
10/08/2014

29 de jul. de 2014

O contador de estórias

Crianças
Risos
Muita alegria
Também havia adultos
no meio da gritaria
Curiosidade aguçada
Fui deixando a calçada
E entrei também pra ver
Com surpresa e espanto
Vi alguém com pinta de santo
Fazendo a criançada correr
Contava estórias engraçadas
De quando em quando
Umas pinceladas
O monstro tinha que aparecer
Nesse momento então
Era grande a confusão
Crianças com muito medo
Deitavam-se no chão
Mas isso durava pouco
Pois o contador de estórias
Usando boa memória
Rápido sem demora
Transformava-se
Numa fada luminosa
Que toda dengosa e prosa
Tocava com seu condão
E as crianças já sem medo
Levantavam-se do chão
E com ela percorria
Com toda euforia
Davam voltas no salão
Em meio a esse alvoroço
Vi aproximar-se um moço
Com uma câmera na mão
Gentilmente, querendo agradar
Ordena:
A sua história vamos gravar!
Fiquei atenta na cena
O silêncio foi total
A criatura com pinta de santo
Foi-se retirando pra um canto
Não queria conversar
Olhei para seu rosto
Vislumbrei certo desgosto
Duas lágrimas vi rolar
Foi então que percebi
Que as estórias que contava
Sua infância retratava
E encobria o mistério
Do adulto que ali estava.

Meg

27 de jun. de 2014

Silêncio

Mergulhei em teu silêncio, para ver se em mim pensavas; mas estavas tão distante, mesmo correndo não te alcançava..
Fiquei observando, em meu silêncio gritando.
Em silêncio te amava.
Fui saindo com cuidado para não te perturbar, assustei-me ao deparar com a luz do teu olhar.

Meg
27/06/2014

1 de jun. de 2014

Flor solitária

Solitária flor
que viceja e perfuma!...
Só o tempo conhece teus segredos, teus medos.
Ninguém viu quando envergaste ao peso de cruel tempestade
que te queria caida; poucos perceberam que lentamente murchavas
ao toque do sol abrasador ; o frio impiedoso matou-te as folhas que
poderiam te proteger.
Ninguém viu, ninguém sentiu!....
Teu silêncio...
Tua calma...
A espera!
Do orvalho, da brisa, da chuva fina que enfim chegaram
trazendo luz e calor e acariciando-te pétala por pétala te faz
hoje o que és:
Viçosa e bela e embora solitária, alegras a alma de quem te vê.

Meg
31/05/2014
11:50h

23 de mai. de 2014

Esperança de cabocla

Estrada
Estreita
A lua lumia
Pra gente passá
Meus "oio" bria
Se vê ocê chegá
De toda prosa falada
Da gosto relembrá
Mais o que eu quiria mesmo escutá
Era um dia vê ocê falá
"Dia desses te levo pro artá."

Meg
23/05/14

5 de mai. de 2014

Ave sem ninho








Qual ave mutilada
Vivo alma querida
Em busca do seu amor
Pra curar minha ferida

Sei que buscas também
A ave desencontrada
Que o destino separou
Distinto é nossa jornada



Construímos outros ninhos
E não conseguimos ficar
Pois o ninho não é nosso
Só viemos consertar

Terminado o tempo da empreita
Deveremos encontrar
Nas asas bondosas do tempo
Nosso ninho a nos esperar.


Meg
05/05/14

15 de fev. de 2014

Carência

Queria estar contigo
Nas noites mais nebulosas
Teus olhos seriam meu guia
Meus braços dois ramos de rosa

Seguiria contigo assim
Sem medo de nada mais
Pois tu serias para mim
O segredo da minha paz

A borrasca do dia a dia
Tuas palavras dissiparia
E o brilho dos teus olhos
Eternamente eu fitaria.

Meg

25 de jan. de 2014