29 de jul. de 2014

O contador de estórias

Crianças
Risos
Muita alegria
Também havia adultos
no meio da gritaria
Curiosidade aguçada
Fui deixando a calçada
E entrei também pra ver
Com surpresa e espanto
Vi alguém com pinta de santo
Fazendo a criançada correr
Contava estórias engraçadas
De quando em quando
Umas pinceladas
O monstro tinha que aparecer
Nesse momento então
Era grande a confusão
Crianças com muito medo
Deitavam-se no chão
Mas isso durava pouco
Pois o contador de estórias
Usando boa memória
Rápido sem demora
Transformava-se
Numa fada luminosa
Que toda dengosa e prosa
Tocava com seu condão
E as crianças já sem medo
Levantavam-se do chão
E com ela percorria
Com toda euforia
Davam voltas no salão
Em meio a esse alvoroço
Vi aproximar-se um moço
Com uma câmera na mão
Gentilmente, querendo agradar
Ordena:
A sua história vamos gravar!
Fiquei atenta na cena
O silêncio foi total
A criatura com pinta de santo
Foi-se retirando pra um canto
Não queria conversar
Olhei para seu rosto
Vislumbrei certo desgosto
Duas lágrimas vi rolar
Foi então que percebi
Que as estórias que contava
Sua infância retratava
E encobria o mistério
Do adulto que ali estava.

Meg

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