Se pudesse escolheria;
A relva verde
O sol ardente.
Escolhas não permitidas
Por horror de um desvão
Almas exangue falecem
Prometem vingança então
Outrora em calabouço
Regozijando dor alheia
Alma fria, sem pudor
Ciumenta, ouço ainda
Perversa, tramando a teia
Escuridão, água suja, lama
Lavrado em pleno chão
No subsolo a vida
Viviam sem um clarão.
Mil anos, talvez mais
São precisos para ver
Que o amor é sentimento
O único para crescer
Encontros e desencontros
Uma busca sem farol
Sem afeto e sem guarida
Sente frio com tanto sol
Escorregando na lama
De passado tenebroso
Deseja ficar de pé
O ambiente é asqueroso
Não tendo onde se esconder
De tão desastrosas tramas
Enterra o corpo vazio
Todo coberto de chamas
Ardendo por um amor
E em vão por ele clama
Nesta vida tão incerta
Que a todo instante insinua
Fim de lágrimas e amargura
De uma consciência nua
Em busca de amor e paz
Que só o perdão é quem traz
A vida continua.
Meg
16/01/2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário