21 de dez. de 2013

Chapeuzinho vermelho e o lobo solitário

Conta-nos certa história
Que havia uma menina
Graciosa, delicada
E não era traquina
Morava com sua mãe
No alto de uma colina

Diz também a história
Justificando o nome
Ela usava vermelho
O que lhe deu o cognome
Conversava horas com a mãezinha
Esquecia até da fome

Havia ao lado uma floresta
E dois olhos observava
Desejava muito saber
Com quem a menina falava
Queria também conversar
Um amigo não encontrava

Lobo triste, solitário
Resolveu enfim esperar
Um dia conseguiria
Com a menina falar
Foi ficar lá na estrada
Esperando ela passar

Chegou por fim o momento
O dia tão esperado
Chapeuzinho com uma cesta
Caminhando pro seu lado
Sorriu alegre, feliz
Acabou o seu enfado

Psiu! menina! amiga!
Chamou o lobo por fim
Chapeuzinho assustou-se
Mas ele falou assim...
Não tenha medo garota
Não se lembra mais de mim?

Não sou mais o lobo mau
A história inverteu
Não pego mais criancinha
Muita gente já sofreu
Agora quero ser bom
O lobo mau faleceu

Chapeuzinho desconfiada
Caminhando sem parar
O lobo colhia flores
Para a menina agradar
Conversaram muito tempo
Até a vovó encontrar

A avozinha coitada
Não se continha de medo
Vendo ali sua neta
Dando asas ao enredo
Ao lobo de antigamente
Hoje fazendo folguedo

Entrando todos em casa
A vovó silenciou
Pensava sair dali
Pois outrora ele a matou
Chapeuzinho abriu a cesta
E o lobo assim falou:

Eu estou agradecido
Porque pude conversar
Agora tenho amigos
À floresta vou voltar
Comerei alguns docinhos
Para assim comemorar

Agradeço a inversão
Não represento mais perigo
Chapeuzinho percebeu
Eu precisava de um amigo
Quero ser um anjo bom
Caminhar sempre contigo.

Meg

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