20 de dez. de 2013

A formiga e a cigarra

Quem nunca viu uma formiga
No afã do seu labor
Trabalhando noite e dia
Principalmente em dias de calor
Garantindo o suprimento
Cuidando da rainha com amor

Não há descanso para formiga
Distração é coisa vã
Temem o tempo, a tempestade
Protegem a custo o clã
Por isso muito trabalham
Preocupadas com o amanhã

Conta-nos a estória
Que na floresta não havia
Quem uma música cantasse
Que desse aos animais alegria
Resoluta a cigarra
Começa a sua gritaria

A formiga observava
Toda aquela animação
Mas não parava o trabalho
Juntando de grão em grão
Para ao chegar o inverno
Alimentar-se da colheita do verão

A formiguinha atenta
Nada deixava escapar
Sabia que na floresta
A música estava no ar
Graças a dona cigarra
Sempre alegre a cantar

Eis que finda o outono
E chega enfim o inverno
À sua porta com frio
Enfiada em um terno
A cigarra chama a formiga
Sua vida estava um inferno

Sentia muito frio e fome
Não tinha onde se esconder
Pedia à formiga lhe desse
Qualquer coisa para comer
E para pagar cantaria
Da manhã ao anoitecer

A formiga viu na cigarra
Um trabalho diferente
Ela não armazenava
Mas deixava o outro contente
Deu-lhe as boas-vindas
E disse: fique com a gente

E daquele dia em diante
A cigarra aliviava
Com seu canto costumeiro
O que a formiga carregava
E ao findar mais um dia
A formiga também cantava.

Meg

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