21 de jun. de 2011

AS FOLHAS DA PALMEIRA



Tremulando ao sopro do vento, vi, esvoaçarem as folhas da palmeira como num doce bailado circulando no grande salão do universo, leves, soltas, livres. O roçar de suas hastes promoviam notas musicais ao ouvido atento, e, no murmúrio do seu som, embalei, e sonhei e também rodopiei neste grande salão sentindo as emoções de viver. Viver.....ah! como é bom viver, vicejar como a palmeira , alta, esguia, majestosa, ser acariciada pelo vento, inspirar seu hálito e devolver em seu orvalho todo cheiro do verde. Permaneci ali, admirando aquela cena maravilhosa, enquanto transeuntes apressados nos seus labores, sequer notavam que ali, naquela simples palmeira estava contida uma grande emoção.

Meg
junho/2011

2 comentários:

  1. Canção do Exílio

    Minha terra tem palmeiras,
    Onde canta o Sabiá;
    As aves, que aqui gorjeiam,
    Não gorjeiam como lá.

    Nosso céu tem mais estrelas,
    Nossas várzeas têm mais flores,
    Nossos bosques têm mais vida,
    Nossa vida mais amores.

    Em cismar, sozinho, à noite,
    Mais prazer encontro eu lá;
    Minha terra tem palmeiras,
    Onde canta o Sabiá.

    Minha terra tem primores,
    Que tais não encontro eu cá;
    Em cismar — sozinho, à noite —
    Mais prazer encontro eu lá;
    Minha terra tem palmeiras,
    Onde canta o Sabiá.

    Não permita Deus que eu morra,
    Sem que eu volte para lá;
    Sem que desfrute os primores
    Que não encontro por cá;
    Sem qu’inda aviste as palmeiras,
    Onde canta o Sabiá.

    Gonçalves Dias

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  2. cinco sentidos ligados à Natureza, contemplemos

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