14 de dez. de 2013

Tempo

Tempo não nos despertes
Pois será cruel demais,
A renúncia da ventura,
Da entrega, tudo mais.
Tempo não apagaste,
Os dias de primavera,
A doce alegria da espera
O riso alegre no cais;
Nosso amor desesperado,
Que em longínquo passado
Nos levou a perecer;
Ficou no tempo latente,
Este sentimento quente
Que a saudade insistente
Nos leva a padecer.
Tempo apague a lembrança,
Do suplício na masmorra
Pois sei mesmo que eu morra
O amor persistirá.
Que meus olhos jamais veja
A cena da torre da igreja
Meu amor caindo inerte,
Para nuca mais voltar.
Tempo apague o desejo
Dos afagos, do seu beijo
De juntos de novo estar.
São outros o tempo agora,
E é preciso superar,
A separação angustiante,
E aguardar por um instante,
O mesmo brilho no seu olhar!

Meg

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