21 de out. de 2013

A imperatriz ( em algum lugar no passado )

Olhando o arquivo do tempo
Por salões nobres rodando
A imperatriz e seu par
Prossegue sempre dançando

Em êxtase se amando
Alheios a tudo mais
Era ela volúvel
Deixou o amante para trás

Enfurecido arranca-lhe a vida
E segue com a alma ferida
Pelos cantos a lamentar
A falta da sua querida

Num ímpeto de loucura
Crava no peito o golpe mortal
Queria a amante encontrar
Reviver o amor fatal.

Eis que nos encontramos
Em tabernas espanholas
O banjo....a dança...
E também as castanholas.

Hoje de novo te encontro
Com o mesmo olhar ardente
Que percorre meu ser
Num sentimento muito quente

Sofro, sofres
Mas é preciso superar
O preço da inconsequência
E de novo não errar

Agora não mais nobreza
Nem danças pelas mesas
Mas o cenário é o mesmo
Que nos une com certeza

O amor que sentíamos
Não acabou enfim
Talvez não recordes como eu
Mas és o mesmo para mim

O mesmo olhar, a mesma doçura
Como nos tempos da nobreza
A diferença é que hoje
Sou mendiga da sua pureza

Um toque do seu olhar
Que anima minha vida
E me leva aos tempos idos
De uma missão não cumprida

Hoje o desencontro
E caminhos desiguais
Sei que as vezes me odeia
Por tempos que não voltam mais

Serei feliz se souber
Que trazes ainda no peito
O nosso amor perfeito
O qual não lhe tive respeito.

Meg

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