O compadre muito pobre
Que da roça não saia
Chamou a sua mulher
Cujo nome era Maria
Ia visitar José
Que há muito ele não via
José mora na cidade
Homem de muita riqueza
Tinha grande casarão
Com mobília portuguesa
Batizou o Raimundinho
Um dos filhos da pobreza
O compadre foi chegando
Foi gritando desde fora
Cada coisa que ele via
Clamava...Nossa Senhora!
Espantado com a nobreza
Que nunca vira outrora
Gentil, José convidou
O compadre a se sentar
E os dois no bate-papo
Não paravam de falar
Foi então que o compadre
Queria muito fumar
Foi tirando da algibeira
Um baita fumo de corda
No outro bolso o canivete
Usando da mesa a borda
O fumo pôs a cortar
Do jeito que ele acorda
José quando viu aquilo
Quase ele enfartou
Vendo a mesa cortada
Que de longe importou
E não mais se aguentando
Assim ele perguntou:
Compadre você desculpa
Logo lhe falou o rico
É assim que corta o fumo?
Compadre pensou...assim não fico!
Sentindo-se humilhado
Achou que cortava errado
Respondeu: depois repico.
Meg
04/04/2013
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