5 de jun. de 2010

O IPÊ AMARELO

Minha imaginação
Busca rever com amor
Aquele ipê amarelo
Eu via com muita flor
Mas não consigo enxergar
Sobre isso quero expor

Vivia eu a sonhar
Sob árvore tão bela
Que busco ainda hoje
Olhar sua flor amarela
Olho aqui, olho acolá
Não saio mais da janela

Queria na sua sombra
Voltar de novo sonhar
Pensar na felicidade
Que buscava encontrar
Mas não vejo a amiga
Que sabia me encantar

Sua flor amarelinha
Ouro a luzir na mão
Eu pensava...um dia...
Vou encher um caminhão
Com o vento espalhar
E ver com satisfação

As ruas todas floridas
Com as flores de montão
Alegrando toda gente
Que anda sem direção
Seria a maior beleza
Saindo da imaginação

Isso seria verdade
Se maldade não existisse
Eu pensava estar dormindo
Ouvi quando alguém disse:
Eu seria mais feliz
Se aquele ipê sumisse

O dia estava sombrio
Parecia nada bem
O coração apertado
Queria contar pra alguém
Corri para o ipê
Sempre no seu vai e vem

Talvez assim como eu
O ipê sonha também
Mas árvore não pensa!
Então o que ele tem?
Vejo lágrimas rolando
Parece enxergar alguém

Olhei aquela árvore
Não sei como explicar
Senti uma dor no peito
Achei que não ia ficar
Pra sempre em minha vida
E poder me confessar

Que também tinha seus sonhos
Pensava um amor encontrar
Quem sabe ainda um dia
Poderia alguém enfeitar
Com ouro lhe cobriria
Outros ipês poder criar

A maldade traiçoeira
Espreitava-nos a sós
Despedi-me do ipê
Fui pra casa dos avós
Quando volto não encontro
A beleza dos Faraós

Deceparam minha árvore
Minha amiga , companheira
Não tenho mais confidente
Vivo só pela ribeira
Recordando nossos sonhos
Que se foram pela trincheira

Meu ipê amarelinho
Pra mim você não morreu
Trago-te na lembrança
Sei que também não esqueceu
Das nossas tardes fagueiras
Você era feliz como eu

Tenho certeza um dia
Iremos nos encontrar
Sua madeira bondosa
Sei que irá me abrigar
E na placa "Aqui Jaz"
Seu perfume vai ficar.

MEG
02/03/2009

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